23 novembro 2015

Diabetes insípidus gestacional

O diabetes insipidus gestacional é uma forma fisiológica de diabetes insipidus que ocorre na gravidez, devido a produção de uma enzima produzida pela placenta, chamada vasopressinase, que degrada o hormônio ADH levando ao aumento da urina. Em geral é autolimitada, normalizando ao término da gravidez.

Fatores de risco:
Os fatores de risco conhecidos são: a presença de alguma destas doenças, listadas anteriormente no paciente ou o uso de medicamentos que possam danificar o rim. Em pacientes com histórico de doenças genéticas na família, pode haver risco aumentado de diabetes insípidus.
Sintomas de Diabetes insípidus
Os pacientes com diabetes insípidus vão apresentar um volume de urina muito grande, acima de 3 litros por dia (mais que 50 mL/kg/dia). Associado, o paciente apresenta sede intensa, com preferência por líquidos gelados. A urina se apresenta bastante clara e diluída. Como a doença é constante, os pacientes também acordam bastante para urinar a noite (noctúria).
diagnóstico e exames
Diagnóstico de Diabetes insípidus:
O diagnóstico é feito através da análise do histórico clínico e por meio de exames de sangue e de urina, nos quais se avaliam as concentrações de sódio, glicose, a osmolaridade do sangue e da urina, e através da confirmação do volume urinário realizado através da medida de 24 horas.
Após esta etapa, pode ser necessário realizar um teste funcional para se definir a origem do diabetes insípidus, se central ou nefrogênico. Este teste chama-se: teste da restrição hídrica (ou seja, restrição de água). Neste procedimento, geralmente feito internado, o paciente é colocado em jejum de água e exames são feitos a cada 2 horas até que certos critérios laboratoriais ou de perda de peso sejam alcançados. Neste momento é aplicado uma dose do hormônio sintético desmopressina (semelhante ao ADH humano) e observa-se a resposta no volume urinário e nos demais exames laboratoriais realizados posteriormente. Com este estudo consegue-se definir o tipo de diabetes insípidus numa parcela dos casos.
A dosagem do ADH pode auxiliar neste processo, mas este hormônio não é realizado na rotina pela grande maioria dos laboratórios. Em geral são feitos exames de sangue e urina e pode ser necessário realizar um exame de ressonância magnética da hipófise e/ou exame de imagem das vias urinárias. Se causas especificas, como por exemplo, sarcoidose, estiverem sendo cogitadas, serão realizados exames direcionados.

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