09 outubro 2015

Transplante de pâncreas cura o diabetes

O primeiro transplante de pâncreas foi realizado em 1966, por Willian Kelly e Richard Lillehei na Universidade de Minnesota, nos Estados Unidos. Desde então, com a evolução da técnica cirúrgica e 
dos avanços das medicações imunossupressoras, tornou-se uma modalidade de tratamento para o diabetes mundialmente reconhecida. O transplante de pâncreas é indicado para os pacientes diabéticos (tipo 1), que preenchem certos critérios. A modalidade mais comumente realizada é o transplante duplo de pâncreas-rim, seguido do transplante de pâncreas isolado.
 O diabetes mellitus do tipo 1 é uma doença que acomete aproximadamente 0,3% da população mundial. Sua característica é a incapacidade do pâncreas produzir níveis adequados de insulina para a manutenção dos níveis glicêmicos (de açúcar) no sangue.
A base do seu tratamento é o controle da ingesta de carboidratos e da administração de insulina, o que comprovadamente melhorou o controle da doença. Entretanto, os múltiplos regimes terapêuticos disponíveis (esquemas de administração de insulina, tipos de insulina) não são capazes de reverter as complicações secundárias. As complicações secundárias mais importantes são aquelas que acometem os rins (nefropatia), a visão (retinopatia) e o sistema nervoso periférico (neuropatia).
- O pâncreas e suas funções.
   O pâncreas é um órgão de formato alongado, que se localiza na parte de trás do abdome (barriga). Ele é responsável pela produção de sucos digestivos e alguns hormônios, incluindo a insulina, o principal Visualização da localização do pâncreas (em amarelo)hormônio responsável pela regulação dos níveis de açúcar de nosso organismo.
 Quando o pâncreas produz a insulina, mas ela não consegue realizar a sua função no organismo, o paciente desenvolve o diabetes mellitus do tipo II.
- Porque o transplante é necessário.
   Existem algumas situações clínicas do paciente portador do diabetes mellitus do tipo I que levam à necessidade de um transplante de pâncreas. A mais comum delas é quando o paciente está em diálise, ou seja, seus rins não funcionam de maneira adequada em virtude da lesão causada pelo diabetes. Nesses casos o paciente é candidato ao transplante duplo, ou seja, rim e pâncreas de maneira simultânea.  Alguns pacientes podem receber o transplante duplo antes de estarem em diálise, isso acontece quando seus rins já possuem um funcionamento bastante prejudicado pelo diabetes.
Outros pacientes podem receber o transplante de pâncreas após o transplante de rim, essa modalidade objetiva controlar de maneira eficaz o diabetes tipo I do paciente e proteger a função do rim transplantado.
   Outra modalidade de transplante é o pâncreas isolado, que são para aqueles pacientes em que o diabetes do tipo I é de muito difícil controle clínico pelos métodos tradicionais, e que desenvolvem as complicações do diabetes (lesão renal, lesão ocular, neuropatia) de maneira muito acelerada.

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